A piometra talvez seja um dos principais pesadelos que todo tutor (a) de cadelas tem. Ela se trata de uma infecção uterina série e que se não tratada a tempo, pode evoluir a diversas complicações como insuficiência renal, sepse e morte.
Ela é comum em cadelas não castradas e que, durante o período de cio, ficam mais suscetíveis a contaminações por bactérias que ao atingir o útero começam a se proliferar.
Um dos principais sinais que percebemos de uma cadela pode estar com piometra é a secreção vaginal fétida, acompanhada de apatia, anorexia e dor abdominal. A gravidade dos sintomas também pode estar relacionada ao fato da piometra ser aberta ou fechada, ou seja, com extravasamento desta secreção ou com o alojamento da secreção sem extravasamento, sendo esse segundo, considerado um quadro mais delicado.
Diagnóstico
Para diagnosticarmos a piometra o principal exame realizado é o ultrassom abdominal. Através dele, o imaginologista conseguirá notar o aumento do útero e a presença de secreção. Outros exames laboratoriais também são importantes principalmente para avaliar a extensão dos danos causados pela piometra como a sepse ou insuficiência renal.
Após o diagnóstico, a cadela precisa ser encaminhada para cirurgia o quanto antes para retirada do útero afetado e posterior monitoramento e tratamento com medicações como antibiótico.
Como prevenir?
Para prevenir a piometra é muito simples: basta castrar sua cadela!
A castração além de impedir gestações indesejadas, diminuir o risco dos tumores de mama, também ajudam a prevenir a ocorrência da piometra e outras alterações importantes do útero.
Agora você já sabe: se sua cachorrinha apresenta sinais compatíveis com a piometra e seu veterinário solicitou um ultrassom para diagnóstico, conte com a nossa equipe para ajudá-la nesse momento!
É muito comum que os laboratórios comerciais ofereçam aos seus clientes opções de painéis (ou combos) de exame já prontos, com os exames mais solicitados na rotina do médico veterinário. Isso acontece como uma facilidade e também como uma opção na redução do custo dos exames (que saem bem mais barato do que se fossem realizados todos separados).
Esse movimento dos perfis foi criado justamente como um incentivo ao veterinário para que ele saísse da rotina de apenas solicitar hemograma e também incluísse outros exames importantes para diagnósticos e também check-ups e avaliações pré-cirúrgicas.
Chegamos então ao momento aonde nos acomodamos solicitando apenas os perfis prontos e nos esquecemos de como devemos utilizar os exames como ferramentas importantes para fechar um caso clínico de maneira correta e segura. Ao nos prendermos a apenas as opções que já conhecemos deixamos de receber informações importantes que outros exames (muitas vezes até mais recomendados) poderiam nos dar.
Mas o que o perfil check-up tem a ver com isso? Ele normalmente inclui exames como hemograma, ALT, FA, ureia e creatinina e é tido como um perfil que avalia o sangue (através do hemograma), função hepática e função renal. Mas será que isso tudo é realmente avaliado?
Quando falamos do hemograma, sim, ele é realmente um exame extremamente importante e talvez um dos exames mais “simples” e baratos que temos hoje. Através dele obtemos informações a respeito da série vermelha (hemoglobina por exemplo, importantíssima nas avaliações pré-cirúrgicas porque está diretamente relacionada ao carreamento de oxigênio no organismo), série branca (células da imunidade) e também as plaquetas (importante parâmetro para evitarmos sangramentos e hemorragias).
Mas erramos quando falamos que ALT, FA, ureia e creatinina avaliam as funções hepática e renal. Porque? Vamos explicar!
ALT é uma enzima de extravasamento. Por estar em grande quantidade dentro dos hepatócitos (células do fígado), quando temos uma lesão importante neste órgão também teremos extravasamento de ALT no sangue (como um balão cheio de ar que estoura liberando o ar por todos os lados). Dessa forma, ela não está diretamente relacionada a função hepática em si.
FA é uma enzima relacionada a doenças hepatobiliares ou de colestase. Quando temos alteração em FA pensamos que podemos ter uma obstrução biliar, por exemplo. Outro ponto importante em relação a FA são suas frações. Nem sempre o aumento deste parâmetro tem relação direta com o fígado, isso porque a FA possui três frações: hepática, óssea e a relacionada a corticóides. Somente através do exame de FA não conseguimos saber qual das três frações está aumentada.
Mas e para avaliar função hepática? O que devo fazer?
Os fatores de coagulação TP e TTpa são produzidos no fígado. E além de serem também importantes de serem avaliados antes de uma cirurgia como precaução a hemorragias e problemas de coagulação, por serem produzidos no fígado, caso seus valores estejam abaixo do indicado, podemos entender então que o fígado está insuficiente e portante, produzindo poucos fatores de coagulação.
Por isso frisamos que é importante não só solicitar os exames, mas saber porque está solicitando. Como ferramentas mágicas, eles quando bem utilizados, nos fornecem informações que se encaixam e nos dão um diagnóstico confiável.
Mas e os rins? A principal função do sistema urinário é eliminar ureia e creatinina, que são metabólitos produzidos e que quando acumulados (não eliminados) podem intoxicar o animal. Portanto, quando temos um aumento na ureia e creatinina, que chamamos de azotemia, entendemos que este animal é insuficiente renal, correto? Nem sempre.
Esse aumento pode acontecer por fatores pré-renais, renais e pós-renais. Ou seja, antes do rim, no rim ou depois do rim. Portanto, nem sempre está relacionada a função renal.
Outro ponto importante de se destacar é que, como precisamos eliminar ureia e creatinina, esses parâmetros só aumentam quando temos uma deficiência na taxa de filtração glomerular, e nós só conseguimos detectar um aumento considerável nos valores quando já perdemos mais de 80% dos néfrons, que são as células renais. Ou seja, quando o animal praticamente não tem mais um rim funcional.
Como isso pode se ruim? Muito simples. Apenas com esses exames não conseguimos diagnosticar uma insuficiência renal de maneira precoce. E qual a probabilidade de um animal aparentemente sadio, íntegro, que vai para uma cirurgia eletiva ou até mesmo indicada, sem sintoma clínico algum, apresentar uma alteração em ureia e creatinina e ser insuficiente renal, assim, do nada?
A probabilidade é muito baixa, concorda? Por isso recomendamos também sempre a urinálise, exame super barato e importante para avaliarmos os rins e o SDMA, um marcador renal precoce, que junto aos resultados de ureia, creatinina e urina consegue nos ajudar a detectar animais que muitas vezes ainda não possuem sintomas clínicos.
Não estamos aqui com o intuito de dizer que você está errado ou que os perfis são ruins, porque eles não são. Mas sim para alertar sobre a importância de se conhecer mais os outros exames que não estamos acostumados a solicitar e entender como eles podem nos ajudar na rotina de diagnósticos.
Tem alguma dúvida ou precisa de ajuda para um caso clínico? Entre em contato com nossa equipe!
As convulsões são caracterizadas pela contratura involuntária da musculatura e acontece quando existe uma atividade elétrica excessiva em algumas áreas do cérebro. Resumindo, o cérebro entra em pane. ⠀ Alguns outros sinais podem acompanhar esse episódio convulsivo: salivação, olhar fixo e desnorteado, falta de controle de esfíncter e perda de consciência. ⠀ Diagnosticar a causa e investigar o que está acontecendo, muitas vezes é um desafio ao veterinário porque quando falamos de convulsão logo pensamos em causas neurológicas, porém, esquecemos que existem algumas alterações extracranianas que também podem levar a esse quadro. ⠀ Encefalopatia hepática, intoxicações, desequilíbrio eletrolítico, são algumas possibilidades. ⠀ Em felinos, FIV, Felv, PIF e toxoplasma. Em cães de 1 a 5 anos, a epilepsia de causa idiopática. ⠀ Por onde começar o diagnóstico? 1- Bioquímica completa (atenção especial as enzimas hepáticas e glicose, principalmente em animais diabéticos) 2- Eletrólitos (atenção especial ao cálcio e quadros de hipocalcemia) 3- Hemograma 4- Exames específicos para suspeitas de doenças infecciosas como as citadas acima ⠀ Mesmo em casos onde a suspeita seja de convulsão de causa intracraniana, é interessante fazer um check-up completo para descartar alterações importantes que podem levar a piora do quadro. ⠀ Você pode solicitar um Perfil Check-up São Camilo que inclui: hemograma, glicose, ureia, creatinina, ALT, GGT, FA, sódio, potássio, cálcio, colesterol, triglicerídeos, amilase e lipase. Com este perfil, você conseguirá avaliar seu paciente de maneira ampla e eficaz. ⠀ – Entre em contato e saiba mais: (44) 3041-3399 (44) 99800-2571
Com certeza o primeiro mandamento do diagnóstico é: você só consegue tratar o que você consegue ver. ⠀ O que não é visto, não é detectado, não é visualizado, também não pode ser tratado, portanto, lembre-se de caprichar na investigação de todos os seus pacientes para que você não deixe nenhum detalhe passar batido.
Um diagnóstico completo envolve mais de um exame e a interpretação de resultados em conjunto com as alterações clínicas. ⠀ Se precisar de ajuda já sabe, nossa equipe está de prontidão para te ajudar! Temos um Canal de Assessoria Veterinária para tirar dúvidas, auxiliar na interpretação de exames e te auxiliar durante todo o diagnóstico dos seus pacientes.
Nós estamos orgulhosos em apresentar nosso novo equipamento: o ultrassom Point of Care @philips Affiniti 70. Esse, atualmente, um dos mais avançados sistemas de ultrassonografia disponíveis no mundo. O Affiniti nos fornece imagens de altíssima definição, altíssima resolução e permite detectar e especificar precocemente alterações, contribuindo para uma melhor tomada de decisão clínica e por consequência, tornando o diagnóstico por imagem muito mais confiável e rápido.
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